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1O deputado estadual Coronel Chagas (PRTB/RR) usou a tribuna nesta quinta-feira, 12, para pedir o fechamento das fronteiras, de forma temporária, até que se estabeleçam medidas de segurança para ingresso e saída no país, em razão do coronavírus, considerado pandemia.

No Brasil já são 78 casos confirmados e 930 casos suspeitos de covid-19, segundo balanço do Ministério da Saúde. O vírus já circula em mais de 115 países, com mais de 118 mil infectados e 4.291 mortes, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Chagas chamou a atenção para um alerta de uma comissão formada por especialistas em saúde de diversos países, que apontou que o Brasil, com sua grande faixa territorial e população, no momento em que tiver 50 casos confirmados de coronavírus, serão 4 mil casos 15 dias depois. E após 21 dias, esse número deve saltar para 30 mil registros da doença. Essa mesma comissão foi responsável por colocar Roraima em área vermelha por causa do H1N1, quando não havia sequer registro da doença no Estado. Hoje já são mais de 18 mil registros somente em comunidades indígenas.

“Em Roraima temos duas fronteiras abertas. Uma em Pacaraima, onde entram em média mais de 800 pessoas por dia, devido à crise migratória na Venezuela. E outra com Bonfim, na fronteira com a Guiana, onde também passam centenas de pessoas para o lado brasileiro, vindas inclusive do Haiti, Cuba e outros países do Caribe”, observa Chagas.

Além disso, nessa terça-feira, 11, foi confirmada a morte de uma mulher em decorrência do vírus, em Georgetown, na Guiana. “Como representantes do povo precisamos adotar medidas de prevenção. Primeiro, fechar as fronteiras por tempo determinado. Não podemos ficar sentados esperando o pior acontecer”, frisou. 

Chagas enalteceu a ação do governador Antônio Denarium e representantes da bancada roraimense que estiveram com o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta e solicitaram o fechamento das fronteiras. “O pedido tem que ser endereçado à Casa Civil, ao Ministério das Relações Exteriores ou ao Ministério da Justiça”, disse.

Também sugeriu medidas a exemplo das que foram adotadas pelo Governo do Distrito Federal, como suspensão de eventos de qualquer natureza que exijam licença do poder público superior a 100 pessoas e suspensão de atividades educacionais em escolas e universidades caso a primeira suspeita do coronavírus seja confirmada.


“É precisa destacar que temos uma situação totalmente diferente do resto do país. Nosso sistema de saúde está sobrecarregado principalmente em razão da crise migratória. São milhares de pessoas todos os dias procurando as unidades de saúde. Um número superior ao dobro da demanda anterior a migração venezuelana. Então tudo isso nos coloca numa situação de grande risco caso tenhamos uma epidemia aqui no Estado”, frisa o deputado.